quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

                                  Colação de Grau. 2011. EEAAR.
                                           Colação de Grau 2011.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Avaliação do Uso da Tecnologia na Aula de História.

Considerando que um projeto de inovação tecnológica requer uma mudança essencial na visão de mundo, subjacente a toda estrutura educacional envolvida no processo ensino aprendizagem, a mudança de valores implica em abertura, diálogo, flexibilidade, horizontalidade nos processos, consciência de qualidade, orientação voltada aos interesses do aluno, além do reconhecimento da dimensão estratégica do tempo, reforçando a importância do reconhecimento do momento em que as oportunidades acontecem.
Professores e alunos precisam trabalhar informações em um processo de apreensão e compreensão de conteúdos significativos, utilizando as inovações, complementando o seu trabalho com os recursos que as novas tecnologias oferecem.
Cada vez mais, os computadores e as redes digitais, e entre elas a internet, estão interligando milhões de usuários em todo o mundo, e a escola não pode ficar desligada. Cabe ressaltar que as novas tecnologias da informação introduziram mudanças significativas no conteúdo da educação e nos seus métodos, requerendo uma redefinição no papel e desempenho dos professores que precisam dominá-las. Daí a importância de trabalharmos com o Blog de História, postando textos complementares, vídeos, registros das atividades realizadas em sala, na escola e fora dela, utilizando a fotografia, postando as fotos para serem divulgado os trabalhos dos alunos. 
Sendo assim, gostaria que vocês, alunos, avaliassem a estratégia utilizada em nossas aulas, tendo como recursos tecnológicos, a Internet para pesquisa, o blog para acompanhar as atividades complementares, com os textos, os vídeos, as fotos, enfim, na sua opinião, qual a importância do uso da tecnologia em nossas aulas? Quais as sugestões para o próximo ano?
Espero ter conseguido ser uma mediadora entre o conhecimento e a informação, transmitindo os conteúdos, mas também possibilitando o fazer pedagógico. Foi muito bom estar com vocês este ano. Agradeço a oportunidade de ensinar e aprender com vocês. Grande abraço.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Um brinde à Revolução Francesa

Durante toda sua vida, Friedrich Hegel (1770-1831), um dos maiores filósofos alemães do século XIX, reuniu os amigos no dia 14 de julho de cada ano para brindar à Revolução Francesa. O ritual não era uma mera extravagância do pensador. De acordo com a sua concepção de história, a queda da Bastilha marcava o início de uma era em que a liberdade, finalmente, havia conseguido se sobrepor às várias formas de tirania que dominaram o espírito humano ao longo dos séculos.
É claro que, vista a partir de hoje, a posição de Hegel pode ser considerada bastante ingênua. Há muito tempo sabemos que a Revolução Francesa não foi o triunfo final da liberdade nem a libertação completa da humanidade. Muitos pensadores, desde então, denunciaram as mazelas do movimento - os excessos do Terror, a substituição da nobreza pela burguesia como classe opressora, etc -, mas o gesto de Hegel continua válido. 
Apesar de todas as suas limitações, o movimento iniciado em 14 de julho de 1789 mostrou ao mundo que o privilégio, por mais entranhado que esteja em uma sociedade, nunca será capaz de resistir à ação de um povo que decide tomar a história em suas mãos. Isso se aplica à França do século XVIII, se aplicava à Alemanha de Hegel e certamente se aplica ao Brasil atual. É por isso que hoje é um dia para se comemorar. Um brinde à Revolução Francesa!  
Por Bruno Fiuza

Áudio sobre a Unificação da Alemanha e Itália.

Clique aqui e baixe o áudio da aula.

Unificação da Alemanha



Depois da queda de Napoleão, o processo de reorganização das monarquias européias deu origem à formação da Confederação Alemã. Tal confederação consistia em uma região formada por 38 Estados independentes comprometidos a defenderem a soberania das monarquias dos estados participantes. Dentro desse aglomerado de monarquias, Áustria e Prússia sobressaiam-se enquanto as mais influentes nações da Confederação.

Por um lado, os austríacos tinham seu desenvolvimento econômico sustentado pelo seu forte setor agrícola. De outro, a Prússia via no processo de unificação política dos estados confederados um importante passo para o desenvolvimento econômico daquela região. Buscando efetivar seu interesse, a Prússia criou uma zona aduana chamada de Zollverein, que aboliu as taxas alfandegárias entre as monarquias envolvidas no acordo.

Alheia a esse processo de industrialização e unificação, a Áustria foi excluída do acordo. Prestigiado com o cargo de primeiro-ministro da Prússia, o chanceler Otto Von Bismarck tomou a missão de promover o processo de unificação alemã. Em 1864, entrou em guerra contra a Dinamarca e assim conquistou territórios perdidos durante o Congresso de Viena.

No ano de 1866, Bismarck entrou em conflito com a Áustria e, durante a Guerra das Sete Semanas, conseguiu dar um importante passo para a unificação com a criação da Confederação Alemã do Norte. Com isso, a Prússia passou a deter maior influência política entre os estados germânicos, isolando a Áustria. Com a deflagração de um desgaste político entre a França e a Prússia, o governo de Bismarck tinha em mãos a última manobra que consolidou o triunfo unificador.

Com a vitória na Guerra Franco-Prussiana, em 1870, a Prússia conseguiu unificar a Alemanha. O rei Guilherme I foi coroado como kaiser (imperador) da Alemanha e considerado o líder máximo do II Reich Alemão. Conquistando na mesma guerra as regiões da Alsácia e da Lorena, ricas produtoras de minério, o império alemão viveu a rápida ascensão de sua economia.

O processo de unificação da Alemanha, junto com o italiano, simbolizou um período de acirramento das disputas entre as economias européias. A partir do estabelecimento dessas novas potências econômicas, observamos uma tensão política gerada pelas disputas imperialistas responsáveis pela montagem do delicado cenário preparatório da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Atividades da unidade IV do curso das TICs.

Produtos e objetos do Portal do Professor:

 

Objetivo
Divulgar a influência da cultura africana na história brasileira
Descrição
Episódio do programa Escola Brasil que discorre sobre a cultura afro-brasileira, sua diversidade e sobre a Lei nº 10.639/2003 que tornou obrigatório o ensino da história, das artes e cultura afro-brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio de todo o Brasil
Observação
Duração: 30 min. Nesse recurso são apresentados, além de algumas propagandas e jingles, outros assuntos de interesse da escola e dos professores. Sugere-se que o professor(a) faça uma seleção prévia sobre a parte que pretende trabalhar
Autor
Brasil. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação a Distância (SEED)
Fonte do recurso
Universidade de Brasília (UnB)
Origem
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=39030

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A vitória do individualismo.

Na era do imperialismo, as novas tecnologias marcaram as transformações no mundo, criando condições cada vez mais rápidas e eficientes de produzir, comercializar e distribuir mercadorias e bens. Até hoje é assim. Mas para onde caminha esse mundo tecnológico? Leia a seguir, o texto escrito por Manuel Castells:

"(...) embora o mundo afirme não ter mais confiança nos governos, nos dirigentes políticos e nos partidos, a maioria da população ainda insiste em acreditar que pode influenciar aqueles que a representam. Ela também crê que pode agir no mundo por sua força de vontade e utilizando seus próprios meios. Talvez essa maioria esteja começando a introduzir, na comuniação, os avanços extraordinários do que eu chamo de Mass Self Communication (a intercomunicação individual).
Tecnicamente, essa Mass Self Communication está presente na internet e também no desenvolvimento dos telefones celulares. Estima-se que haja atualmente mais de um bilhão de usuários de internet e cerca de dois bilhões de linhas  de telefone celular. Dois terços da população do planeta podem se comunicar graças aos telefones celulares, inclusive em lugares onde  não há energia elétrica nem linhas de telefone fixo. Em pouco tempo, houve uma explosão de novas formas de comunicação. As pessoas desenvolveram seus próprios sitemas: o SMS, os Blogs, o Skype...
A Mass Self Communication constitui certamente uma nova forma de comunicação em massa - porém, produzida, recebida e experimentada individualmente. Ela foi recuperada pelos movimentos sociais de todo o mundo, mas eles não são os únicos a utilizar essa nova ferramenta de mobilização e organiação. A mídia tradicional tenta acompanhar esse movimento e, fazendo uso de seu poder comercial e midiático, passou a se envolver com o maior número possível de blogs. Falta pouco para que, através da Mass Self Communication, os movimentos sociais e os indivíduos em rebelião crítica comecem a agir sobre a grande mídia, a controlar as informações, a desmenti-las e até mesmo a produzi-las". CASTELLS, Manuel. "A era da intercomunicação". Em: Le Monde Diplomatique, ayo. 2006.

Segundo o texto responda:

a)Atualmente, qual a situação das pessoas em relação aos governos e órgãos de representação? Você é da mesma opinião? Justifique.
b)Qual o papel da tecnologia nessa mudança de hábitos? Isso é interessante? Porque?
c)Muitos especialistas já interpretaram a tecnologia como um dos principais instrumentos de dominação de pessoas e povos. Com base no texto, conteste essa visão.

Nasce um Brasil musical

O Brasil é um país reconhecidamente musical - tradição vinda dos tempos coloniais, em grande parte trazida pelos africanos, mas também pelos europeus. No dia a dia, essas heranças se mesclaram, nem sempre com a aprovação dos grupos de elite. O LUNDU, por exemplo, considerado por muitos especialistas como uma as raízes do samba era um dos muitos ritmos desenvolvidos pelos africanos e seus descendentes nas terras do Brasil. Assim como os batuques, jongos, congadas e congos, ele estava presente as reuniões e festividades dos africanos escravizados, libertos e colonos pobres. Ao som de instrumentos como o atabaque e a cuíca, alegrou muitas noites das famílias abastadas.

Aqui está um bom debate: que caminhos fizeram do Brasil um país independente? Foram os acordos políticos estabelecidos no governo de dom Pedro I ou os vínculos culturais, solidificados no dia a dia?
Para escrever sobre esta discussão leve em consideração os acontecimentos que marcaram o processo de independência, até 1822 e os acontecimentos que marcaram o Primeiro Reinado.
E ainda, como após a independência, foram solidificados os vínculos que ligavam os diferentes habitantes da ex-colônia portuguesa na América?

O surgimento das nações

A idéia de nação é tão forte que parece, aos olhos dos menos avisados, que países como Brasil, Alemanha e Itália sempre existiram.  A nação é resultado de processos históricos recentes, vivenciados ao longo do século XIX. Leia o que afirma o texto do historiador Eric Hobsbawm.
“A característica básica da nação moderna e de tudo o que está a ela ligado é sua modernidade. Isso, agora, é bem compreendido, embora a suposição oposta - a de que a identificação nacional seja tão natural, fundamental e permanente a ponto de preceder a história – ainda seja tão amplamente aceita que talvez seja útil esclarecer a modernidade do vocabulário a respeito do assunto. O Dicionário da Real Academia Espanhola (...) não usa a terminologia de Estado, nação e língua no sentido moderno antes de sua edição de 1884. Aí, pela primeira vez, aprendemos que a língua nacional é a língua oficial e literária de um país e, à diferença de dialetos e línguas de outras nações, é a língua falada. (...) Antes de 1884, a palavra nación significava simplesmente o agregado de habitantes de uma província, de um país ou de um reino e também um estrangeiro. Mas agora era dada como um Estado ou corpo político que reconhece um centro supremo de governo comum e também o território constituído por esse Estado e seus habitantes, considerados como um todo – e, portanto, o elemento de um estado comum e supremo é central a tais definições, pelo menos no mundo ibérico”. HOBSBAWM, Eric J. Nações e nacionalismo. RJ: Paz e Terra,1990. P.27.
Agora responda:
a)Qual o significado de nação antes e depois de meados do século XIX ?
b)Explique as razões para a nação ser vista hoje, como algo que sempre existiu, desvinculada de um processo histórico.
c)Qual a importância de perceber a nação como algo recente e construído ao longo do tempo?

domingo, 9 de outubro de 2011

História do André Avelino Ribeiro

ANDRÉ AVELINO RIBEIRO


Filho de :        Pedro Alexandrino Ribeiro
                        Francisca Martinha Campos
Nascido em 10 de novembro de 1887, em Cuiabá, Mato Grosso
Brasileiro, casado, professor.

            Foi aluno do grande educador Professor Frederico Teixeira, de quem foi auxiliar, juntamente com Romeu Manoel Pinto, Antônio Alberto Pais de Barros e outros mestres.
            Foi casado com Risoleta Pinto Ribeiro, que atuou como professora adjunta. Viveram juntos mais de cinquenta anos e tiveram doze filhos. Três morreram ainda pequenos e oito no decorrer dos anos. Viva apenas Catarina Ribeiro Coury, viúva de Waldemar Francisco Coury, residente em São Carlos, SP.
            Montou o seu primeiro Colégio com o nome de “Colégio São Pedro” na Travessa da Assembléia, na Rua Barão de Melgaço. Aí ficou poucos anos. Em 1905 , já com mais alunos, adquiriu um casarão na Rua Tenente Coronel Duarte no. 24, “Morro da Prainha”, como era popularmente chamado. Lecionava o Curso Primário e Admissão ao Colégio Estadual, com alunos internos e semi-internos. Recebia em seu Colégio muitos alunos, alguns considerados “difíceis”, e tratava a todos com igual serenidade, pela qual ficou conhecido. Era chamado por todos de “Mestre André Avelino”, do que muito se orgulhava.
            Foi por algum tempo Diretor da Escola Normal , enquanto sua esposa e filhos mantinham o Colégio funcionando.
            Por amor à profissão e ao Colégio, voltou a trabalhar como professor.
Trabalhou por quarenta e cinco anos.
            Tendo que se aposentar, vendeu a propriedade onde funcionava o Colégio para o Clube Esportivo Dom Bosco, que tinha como presidente na ocasião (1957) o Major Caracíolo Azevedo de Oliveira.
Mudou-se então com a esposa para Campo Grande. Morou com o filho Luiz Gonzaga e esposa por quinze anos. Em janeiro  de 1962 faleceu sua esposa. Ficando viúvo, morou mais alguns anos em Campo Grande.
Em 1970 foi morar com a filha em Ribeirão Preto.
Faleceu em 24 de fevereiro de 1980, tendo então noventa e três anos de idade.
Recebeu muitas homenagens de amigos e ex-alunos, inclusive do Senador Gastão Muller, que no Senado Nacional manifestou profundo pesar pelo falecimento do “Mestre André Avelino”.
Foi agraciado pela Universidade Federal e Mato Grosso com a Medalha do Sesquicentenário da Independência, em reconhecimento aos beneméritos serviços prestados à educação em Mato Grosso.
“In memorian”, foi dado o seu nome a uma Escola Pública , perpetuando assim o nome do “Mestre”, que dedicou sua vida à educação.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Revolução Francesa

Cenário francês contemporâneo.

Por cerca de meio milênio, a França tem sido uma grande potência, com forte influência econômica, cultural, militar e política a nível europeu e global. Durante muito tempo o país exerceu um papel de liderança e hegemonia na Europa (principalmente a partir da segunda metade do século XVII e boa parte do XVIII). Ao longo desses dois séculos, a França colonizou grande parte da América do Norte e, durante o século XIX e início do século XX, chegou a constituir o segundo maior império da história, o que incluía grande parte da América do Norte, África Central e Ocidental, Sudeste Asiático e muitas ilhas do Pacífico. A França é um país desenvolvido e possui a quinta maior economia do mundo por PIB nominal[5] e a nona maior economia em poder de compra.[6] É o país mais visitado no mundo, recebendo 82 milhões de turistas estrangeiros por ano.[7] A França é um dos membros fundadores da União Europeia e possui a maior área e a segunda maior economia do bloco. É também membro fundador da Organização das Nações Unidas, além de ser membro da Francofonia, do G8, do G20, da OTAN, da OCDE, da OMC e da União Latina. É um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, possui o terceiro maior número de armas nucleares do mundo e o maior número de usinas nucleares do continente europeu.


A República Francesa é uma república unitária semipresidencialista com fortes tradições democráticas. A constituição da V República foi aprovada por referendo em 28 de Setembro de 1958. É extremamente reforçada a autoridade do executivo em relação ao Parlamento. O poder executivo em si tem dois dirigentes: o presidente da República, atualmente Nicolas Sarkozy, que é chefe de estado e é eleito diretamente por sufrágio universal para um mandato de 5 anos (antes de 7 anos) e o Governo, liderado pelo Primeiro-Ministro nomeado pelo presidente, François Fillon atualmente. O parlamento francês é uma legislatura bicameral, composto por uma Assembléia Nacional (Assemblée Nationale) e um Senado. Os deputados da Assembleia Nacional representam círculos eleitorais locais e são diretamente eleitos para mandatos de 5 anos. A Assembleia tem o poder de demitir o gabinete e, assim, a maioria na Assembleia determina a escolha do governo. Os senadores são escolhidos por um colégio eleitoral para mandatos de 6 anos (inicialmente 9 termos homólogos), e metade dos assentos são submetidos a eleição a cada 3 anos, com início em Setembro de 2008.[41] Os poderes legislativos do Senado são limitados; em caso de desacordo entre as duas câmaras, a Assembleia Nacional tem a palavra final, exceto para as leis constitucionais e lois organiques (leis que são diretamente previstas pela Constituição), em alguns casos. O governo tem uma forte influência na formação da ordem do dia do Parlamento. A política francesa caracteriza-se por dois grupos políticos opostos: um de esquerda, centrada em torno do Partido Socialista Francês, e os outros da ala direita, anteriormente centrada em torno do Rassemblement pour la République (RPR) e agora seu sucessor, o Union pour un mouvement populaire (UMP). O poder executivo é atualmente composto na sua maioria por membros do UMP. Um membro G8, grupo líder dos principais países industrializados, o país é classificado como a quinta maior economia do mundo e segunda maior da Europa é por PIB nominal;[45] com 39 das 500 maiores empresas do mundo em 2010, a França ocupa o quarto lugar no mundo e o primeiro na Europa na lista Fortune Global 500, à frente da Alemanha e do Reino Unido. A França se juntou aos onze outros membros da União Europeia para criar o euro em 1 de Janeiro de 1999, substituindo completamente o franco francês (₣) no início de 2002.[46]
A França tem uma economia mista que combina a iniciativa privada extensa (cerca de 2,5 milhões de empresas registradas)[47][48] com substanciais (embora em declínio[49]) empresas estatais e intervenção do governo. O governo mantém considerável influência sobre segmentos-chave dos setores de infra-estrutura, com participação majoritária em estradas de ferro, eletricidade, aviões, usinas nucleares e telecomunicações.[49] O país vem relaxando gradualmente o controle sobre estes sectores desde o início dos anos 1990.[49] O governo está lentamente corporatizando o setor estatal e vendendo participações na France Télécom, Air France, assim como ações, seguros e indústrias de defesa.[49] A França tem uma importante indústria aeroespacial liderada pelo consórcio europeu Airbus e tem o seu próprio espaçoporto nacional, o Centro Espacial de Kourou. Segundo a OMC, em 2009 a França foi 6º maior exportador do mundo e o 4º maior importador de produtos manufaturados.[50] Em 2008, a França foi o terceiro maior destinatário de investimentos estrangeiros diretos nos países da OCDE em 117,9 bilhões dólares, atrás de Luxemburgo (onde o investimento estrangeiro direto foi de transferências essencialmente monetárias aos bancos localizados no país) e dos Estados Unidos (316.100 milhões dólares), mas acima do Reino Unido (96,9 bilhões dólares), Alemanha (US $ 24,9 bilhões) e Japão ($ 24,4 bilhões).[51][52] No mesmo ano, as empresas francesas investiram 220.000 milhões de dólares fora da França, classificando a França como o segundo mais importante investidor externo direto no âmbito da OCDE, atrás dos Estados Unidos (311,8 bilhões de dólares) e à frente do Reino Unido (111,4 bilhões de dólares), Japão (128 bilhões de dólares) e Alemanha (156,5 bilhões de dólares).[51][52] A França é o menor emissor de dióxido de carbono entre os sete países mais industrializados do mundo, devido ao seu forte investimento em energia nuclear.[53] Como resultado de grandes investimentos em tecnologia nuclear, a maior parte da eletricidade produzida no país é gerada por 59 usinas nucleares (78% em 2006,[54] a partir de apenas 8% em 1973, 24% em 1980, e 75% em 1990).

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Análise do filme Mauá: O Imperador e o rei.

Mauá: O Imperador e o Rei.
As primeiras cenas se desenrolam no Rio Grande do Sul, numa pequena localidade onde nasceu Irineu. Ainda garoto ficou órfão de pai, o que lhe dificultou a permanência em casa, pois sua mãe, ao casar-se novamente foi obrigada, por imposição do novo marido a encaminhá-lo para o Rio de Janeiro, onde moraria com o seu tio.  No Rio de Janeiro, começou a trabalhar no armazém do português Pereira de Almeida, onde se percebeu apto para os negócios e se empenhou em estudar, o que lhe possibilitou maior visão e tato comercial. Com o tempo tornou-se empregado de confiança do português e sistemático controlador de seus negócios. Graças a sua habilidade de negociação, ganha a simpatia do escocês Richard Carruthers, que se dispõe a educá-lo nos moldes do liberalismo econômico, prevalecente na Inglaterra. Alguns anos depois, o escocês, percebendo-se acometido de "Banzo", (saudades da terra natal) doença comum dos escravos da época, resolve voltar para a Inglaterra e confia os seus bens aos cuidados de Irineu. Após uma visita à Inglaterra, Irineu decide mudar os rumos de seus negócios e resolve investir na Indústria, construindo uma Fundição e Estaleiro em Ponta da Areia, no Rio de Janeiro. Cria também a Companhia de transportes, Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas, Companhia de Iluminação a gás do Rio de Janeiro, Estradas de Ferro; inaugura a primeira linha de bondes do Rio e cria novos Bancos do Brasil, com filiais na Inglaterra, Estados Unidos, França, Argentina e Uruguai. Apesar do seu espírito empreendedor, força de vontade e interesse pelo desenvolvimento do Brasil e sua modernização o Barão de Mauá faliu; não suportou a concorrência estrangeira e o boicote do imperador, que influenciado pelo visconde de Feitosa eximiu-se de ajudá-lo nos momentos que mais precisou. As suas idéias liberais contrárias ao tráfico negreiro e escravidão, à guerra do Paraguai e à mentalidade tacanha dos que compunham a Elite Imperial, também lhe renderam alguns desgostos. É um filme inspirador e expressa bem a realidade vigente naquela época. Apresenta uma abordagem completa da saga de Irineu Evangelista, especificando dados pessoais desde a sua difícil infância, adolescência e juventude, ingresso na Maçonaria e culminando com a sua escalada empresarial e falência. A escolha do tema histórico é de extrema importância para nós, pois o barão de Mauá é personagem de destaque que contribuiu consideravelmente para o desenvolvimento econômico do nosso país. Mauá é um excelente exemplo do que um homem que sonha pode fazer, quando está determinado a enfrentar as intempéries e vicissitudes da vida; quando, a despeito do cenário que lhe cerca, mesmo diante de parcas oportunidades, consegue alcançar seus objetivos. Embora tão pouco estimulado pelo seu País ousou tentar fazer a diferença e obstinadamente contribuiu pra que ele desse um passo a mais, e que passo, rumo ao progresso e à modernização. Conhecer a sua história de persistência e determinação em vencer na vida é extremamente necessário no nosso contexto atual, quando um número tão grande de jovens em nosso país é caracterizado pela desesperança e falta de perspectiva. Os seus ideais de justiça e respeito à criatura humana (expressos de maneira tão interessante na cena em que concede ao escravo um par de sapatos que simbolizava a sua liberdade e possibilidade de inclusão social) devem também se constituir em elemento estimulante no combate à postura violenta e discriminatória tão verificada comumente na história de vida de tantos dos nossos compatriotas.




quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Racismo

Sucessão do trono português

A morte de João VI de Portugal levantou um problema de sucessão. O rei tinha dois filhos adultos mas as relações com ambos eram complicadas. Pedro, o seu primogênito e herdeiro tinha sido deserdado na sequencia dos eventos de 7 de setembro de 1822 que levaram à independência política do Brasil. Com Miguel, a relação não era mais fácil, visto que o príncipe já se tinha revoltado contra o pai pelo menos duas vezes e estava exilado. Após o assassínio de D. João VI, com a idéia de reunificar as coroas de Portugal e Brasil, a regência da Infanta Isabel nomeou D. Pedro, Imperador do Brasil, como seu sucessor. Em 1826, Pedro torna-se Rei de Portugal como Pedro IV, mas, como a constituição brasileira de 1824, impedia que governasse ambos os países, abdicou um mês depois para sua filha menor, Maria da Glória (D. Maria II). O seu irmão Miguel foi nomeado regente de Portugal e foi contratado o seu casamento com a sobrinha. D. Miguel voltou do exílio e assumiu a regência em nome da sobrinha. Em 23 de junho de 1828, as Cortes aclamaram porém D. Miguel como rei de Portugal, considerando-o legítimo herdeiro do trono e ilegítimos todos os atos praticados por D. Pedro em relação a Portugal após a declaração da independência política do Brasil. A base para esta decisão foram as Leis Fundamentais do Reino, que à data ainda se encontravam em vigor, e à luz das quais D. Pedro e os seus descendentes perdiam o direito à Coroa a partir do momento em que, por um lado, aquele príncipe se tornara soberano de um estado estrangeiro (Brasil) e, por outro, parecia perdida. Miguel I procurou obter reconhecimento internacional, mas foi apenas reconhecido como rei pelos EUA e pelo Vaticano. As restantes monarquias europeias mantiveram-se em silêncio. Em 1831, o Imperador Pedro I foi forçado a abdicar da coroa do Brasil para o filho Pedro II e viajou para Portugal para defender o alegado direito ao trono português por parte de sua filha. Em 1831, Pedro desembarca as suas tropas nos Açores e toma diversas ilhas, estabelecendo o arquipélago como base de operações. Conquistada a fortíssima posição militar e naval de Angra, nos Açores, por essa armada, D. Pedro partirá daí, mais tarde, para invadir o continente português, o que ocorrerá a norte do Porto, na praia dos ladrões, depois rebatizada como Praia da Memória, que ficou conhecido como Desembarque do Mindelo, onde atualmente se encontra o grande monumento aos mortos da Guerra Civil, em forma de obelisco colocado junto ao mar, nas rochas do desembarque. Seguidamente, as forças pedristas desembarcadas entricheiraram-se dentro dos muros da Cidade Invicta, dando os miguelistas início ao duro e prolongado Cerco do Porto. Finalmente, conseguindo furar o bloqueio naval da barra do Douro, uma frota liberral fez-se ao mar e seguiu até ao Algarve, onde desembarcou uma divisão do seu exército, que avançou para Lisboa rapidamente, protegido pela esquadra inglesa. Lisboa foi entregue ao comandante-chefe liberal, marechal Duque da Terceira, sem combate nem resistência, pelo Duque de Cadaval, antigo primeiro-ministro do rei D. Miguel, em 24 de julho de 1833. Levantado o Cerco do Porto graças à queda da capital nas mãos ds pedristas, a guerra continuou no entanto a marcha forçada edolorosa, em Coimbra, Leiria e pelo Ribatejo fora D. Miguel I estabelece então a sua corte em Santarém, onde entretanto morre de peste a infanta D. Maria de Assunção de Portugal, irmã dos dois principes inimigos. Em 24 de abril de 1834, pelo Tratado de Londres, a Quádrupla Aliança decide-se pela intervenção militar contra as forças do rei D. Miguel I. Enquanto o almirante Charles Napier desembarcou tropas na Figueira da Foz, avançando por Leirria, Ourém e Torres Novas, o general espanhol José Ramon Rodil y Campillo entrou em Portugal através da Beira e Alto Alentejo com uma expedição de 15 homens em apoio do pertido de D. Pedro e de sua filha D. Maria da Glória. Vai dar-se a definitiva batalha da Asseiceira, ganha pelos pedristas, finda a qual o que restava do exército miguelista se retirou para o Alentejo. A paz assinada na Convenção de Évoramonte determinou o regresso de Maria II à Coroa e o exílio de Miguel para a Alemanha. Ao desembarcar em Genova, em 20 de junho, D. Miguel protestou formalmente à face da Europa contra a violência da Quádrupla Aliança, num documento que ficou conhecido como o "Protesto e Declaração de Genova", ponto de partida para a luta legitimista que virá a durar até 1932. D. Maria da Glória, a princesa do Grão-Pará, que entretanto, se encontrava ao abrigo da corte de Londres, junto a sua prima, a rainha Vitória, pode finalmente chegar a Portugal, nesse ano de 1834, e, estando o vencedor da guerra, D. Pedro, tuberculoso e com pouca esperança de vida, houve que emancipar rapidamente a jovem princesa, de 15 anos de idade, jurando finalmente a Carta Constituciional, e subindo enfim ao trono de Portugal, pela declaração da sua maioridade em Cortes, e cessação da regência que em seu nome o pai exercia.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Globalização e diáspora africana


De Alexandre, o Grande, aos romanos dos Césares, do Cristianismo de Pedro à Mongólia de Genghis Khan, do Islã de Maomé às Cruzadas Ibéricas, a característica marcante encontrada a expansão de
fronteiras, compreendida como globalização das trocas econômicas e do modo de vida das elites dos impérios constituídos. Portanto, podemos afirmar que a globalização não é um fenômeno singular da modernidade avançada ou tardia conforme insistem alguns estudiosos. O que tem se caracterizado como um traço realmente singular nesta recente etapa do capitalismo capitalista é a multiplicidade de globalizações, apesar de toda a hegemonia da civilização ocidental atingida pela explosão da tecnologia comunicacional e pelo controle bio-político das sociedades, sendo os Estados Unidos, a ponta-delança deste processo. Assim, assistimos, para além da globalização hegemônica neoliberal, a várias outras formas desse fenômeno
marcadamente intercultural, com panorâmicas segmentadas das experiências materiais e subjetivas dos humanos que se mantêm subalternidade como os africanos e seus descendentes fora África;
índígenas em todas as partes do mundo; os ciganos, que, entre outros tantos movimentos, ao agirem nesta direção cooperam para que a
história humana se tome, por conseguinte, mais plural na própria
construção global.
O ensinamento que se pode extrair desta multiplicidade de globalizações tem demonstrado que inúmeras experiências civilizatórias podem ser
narradas e incorporadas em uma complexa panorâmica que descreveria
e analisaria a trajetória, muitas vezes dispersa por milhares de anos e em muitos continentes, das transmigrações, das trocas epistêmicas, do jugo colonial, da escravidão, dos apagamentos da memória etc.
E foi com esta expectativa de reconstituição em uma visão global das múltiplas narrativas dos africanos e de seus descendentes dispersos pelo mundo, que intelectuais e ativistas se dispuseram a pesquisar, observar,
descrever e construir uma história e uma reflexão da sobreposição das experiências civilizatórias africanas e da dispersão de todos os seus descendentes de africanos pelo planeta. Os pesquisadores foram alimentados pela idéia de que seria possível uma história que revelasse as experiências de movimentação dos negros pelo mundo em busca de sucesso e melhores condições, ao mesmo tempo que fosse capaz de promover o encontro de uma consciência globalizada daquela experiência em busca da unidade transcontinental. Esta busca resultou nos movimentos da Negritude e do Pan-Africanismo, surgidos no bojo das lutas de libertação dos povos africanos durante o processo de descolonização da África e Ásia.
Recentemente, a discussão em tomo da valorização e inclusão social dos descendentes de africanos ganhou um forte impulso em todo o mundo e em especial na América Latina, onde tal debate sempre estivera amortecido.
Esta valorização ocorre em um processo de sofisticação analítica que acontece nos Estados Unidos, com a introdução do conceito Diáspora Africana, um conceito agregador, que veio promover a aproximação da
experiência dos africanos a dos seus descendentes fora da África. Com a utilização do conceito diáspora, tomado de empréstimo da experiência judia, o objetivo principal é elucidar a dispersão ocorrida durante séculos desde Abraão.
Júlio César de Tavares, Professor do departamento de Estudos Culturais e Mídia Instituto e
Arte e Comunicação Social da UFF