terça-feira, 25 de outubro de 2011

A vitória do individualismo.

Na era do imperialismo, as novas tecnologias marcaram as transformações no mundo, criando condições cada vez mais rápidas e eficientes de produzir, comercializar e distribuir mercadorias e bens. Até hoje é assim. Mas para onde caminha esse mundo tecnológico? Leia a seguir, o texto escrito por Manuel Castells:

"(...) embora o mundo afirme não ter mais confiança nos governos, nos dirigentes políticos e nos partidos, a maioria da população ainda insiste em acreditar que pode influenciar aqueles que a representam. Ela também crê que pode agir no mundo por sua força de vontade e utilizando seus próprios meios. Talvez essa maioria esteja começando a introduzir, na comuniação, os avanços extraordinários do que eu chamo de Mass Self Communication (a intercomunicação individual).
Tecnicamente, essa Mass Self Communication está presente na internet e também no desenvolvimento dos telefones celulares. Estima-se que haja atualmente mais de um bilhão de usuários de internet e cerca de dois bilhões de linhas  de telefone celular. Dois terços da população do planeta podem se comunicar graças aos telefones celulares, inclusive em lugares onde  não há energia elétrica nem linhas de telefone fixo. Em pouco tempo, houve uma explosão de novas formas de comunicação. As pessoas desenvolveram seus próprios sitemas: o SMS, os Blogs, o Skype...
A Mass Self Communication constitui certamente uma nova forma de comunicação em massa - porém, produzida, recebida e experimentada individualmente. Ela foi recuperada pelos movimentos sociais de todo o mundo, mas eles não são os únicos a utilizar essa nova ferramenta de mobilização e organiação. A mídia tradicional tenta acompanhar esse movimento e, fazendo uso de seu poder comercial e midiático, passou a se envolver com o maior número possível de blogs. Falta pouco para que, através da Mass Self Communication, os movimentos sociais e os indivíduos em rebelião crítica comecem a agir sobre a grande mídia, a controlar as informações, a desmenti-las e até mesmo a produzi-las". CASTELLS, Manuel. "A era da intercomunicação". Em: Le Monde Diplomatique, ayo. 2006.

Segundo o texto responda:

a)Atualmente, qual a situação das pessoas em relação aos governos e órgãos de representação? Você é da mesma opinião? Justifique.
b)Qual o papel da tecnologia nessa mudança de hábitos? Isso é interessante? Porque?
c)Muitos especialistas já interpretaram a tecnologia como um dos principais instrumentos de dominação de pessoas e povos. Com base no texto, conteste essa visão.

Nasce um Brasil musical

O Brasil é um país reconhecidamente musical - tradição vinda dos tempos coloniais, em grande parte trazida pelos africanos, mas também pelos europeus. No dia a dia, essas heranças se mesclaram, nem sempre com a aprovação dos grupos de elite. O LUNDU, por exemplo, considerado por muitos especialistas como uma as raízes do samba era um dos muitos ritmos desenvolvidos pelos africanos e seus descendentes nas terras do Brasil. Assim como os batuques, jongos, congadas e congos, ele estava presente as reuniões e festividades dos africanos escravizados, libertos e colonos pobres. Ao som de instrumentos como o atabaque e a cuíca, alegrou muitas noites das famílias abastadas.

Aqui está um bom debate: que caminhos fizeram do Brasil um país independente? Foram os acordos políticos estabelecidos no governo de dom Pedro I ou os vínculos culturais, solidificados no dia a dia?
Para escrever sobre esta discussão leve em consideração os acontecimentos que marcaram o processo de independência, até 1822 e os acontecimentos que marcaram o Primeiro Reinado.
E ainda, como após a independência, foram solidificados os vínculos que ligavam os diferentes habitantes da ex-colônia portuguesa na América?

O surgimento das nações

A idéia de nação é tão forte que parece, aos olhos dos menos avisados, que países como Brasil, Alemanha e Itália sempre existiram.  A nação é resultado de processos históricos recentes, vivenciados ao longo do século XIX. Leia o que afirma o texto do historiador Eric Hobsbawm.
“A característica básica da nação moderna e de tudo o que está a ela ligado é sua modernidade. Isso, agora, é bem compreendido, embora a suposição oposta - a de que a identificação nacional seja tão natural, fundamental e permanente a ponto de preceder a história – ainda seja tão amplamente aceita que talvez seja útil esclarecer a modernidade do vocabulário a respeito do assunto. O Dicionário da Real Academia Espanhola (...) não usa a terminologia de Estado, nação e língua no sentido moderno antes de sua edição de 1884. Aí, pela primeira vez, aprendemos que a língua nacional é a língua oficial e literária de um país e, à diferença de dialetos e línguas de outras nações, é a língua falada. (...) Antes de 1884, a palavra nación significava simplesmente o agregado de habitantes de uma província, de um país ou de um reino e também um estrangeiro. Mas agora era dada como um Estado ou corpo político que reconhece um centro supremo de governo comum e também o território constituído por esse Estado e seus habitantes, considerados como um todo – e, portanto, o elemento de um estado comum e supremo é central a tais definições, pelo menos no mundo ibérico”. HOBSBAWM, Eric J. Nações e nacionalismo. RJ: Paz e Terra,1990. P.27.
Agora responda:
a)Qual o significado de nação antes e depois de meados do século XIX ?
b)Explique as razões para a nação ser vista hoje, como algo que sempre existiu, desvinculada de um processo histórico.
c)Qual a importância de perceber a nação como algo recente e construído ao longo do tempo?

domingo, 9 de outubro de 2011

História do André Avelino Ribeiro

ANDRÉ AVELINO RIBEIRO


Filho de :        Pedro Alexandrino Ribeiro
                        Francisca Martinha Campos
Nascido em 10 de novembro de 1887, em Cuiabá, Mato Grosso
Brasileiro, casado, professor.

            Foi aluno do grande educador Professor Frederico Teixeira, de quem foi auxiliar, juntamente com Romeu Manoel Pinto, Antônio Alberto Pais de Barros e outros mestres.
            Foi casado com Risoleta Pinto Ribeiro, que atuou como professora adjunta. Viveram juntos mais de cinquenta anos e tiveram doze filhos. Três morreram ainda pequenos e oito no decorrer dos anos. Viva apenas Catarina Ribeiro Coury, viúva de Waldemar Francisco Coury, residente em São Carlos, SP.
            Montou o seu primeiro Colégio com o nome de “Colégio São Pedro” na Travessa da Assembléia, na Rua Barão de Melgaço. Aí ficou poucos anos. Em 1905 , já com mais alunos, adquiriu um casarão na Rua Tenente Coronel Duarte no. 24, “Morro da Prainha”, como era popularmente chamado. Lecionava o Curso Primário e Admissão ao Colégio Estadual, com alunos internos e semi-internos. Recebia em seu Colégio muitos alunos, alguns considerados “difíceis”, e tratava a todos com igual serenidade, pela qual ficou conhecido. Era chamado por todos de “Mestre André Avelino”, do que muito se orgulhava.
            Foi por algum tempo Diretor da Escola Normal , enquanto sua esposa e filhos mantinham o Colégio funcionando.
            Por amor à profissão e ao Colégio, voltou a trabalhar como professor.
Trabalhou por quarenta e cinco anos.
            Tendo que se aposentar, vendeu a propriedade onde funcionava o Colégio para o Clube Esportivo Dom Bosco, que tinha como presidente na ocasião (1957) o Major Caracíolo Azevedo de Oliveira.
Mudou-se então com a esposa para Campo Grande. Morou com o filho Luiz Gonzaga e esposa por quinze anos. Em janeiro  de 1962 faleceu sua esposa. Ficando viúvo, morou mais alguns anos em Campo Grande.
Em 1970 foi morar com a filha em Ribeirão Preto.
Faleceu em 24 de fevereiro de 1980, tendo então noventa e três anos de idade.
Recebeu muitas homenagens de amigos e ex-alunos, inclusive do Senador Gastão Muller, que no Senado Nacional manifestou profundo pesar pelo falecimento do “Mestre André Avelino”.
Foi agraciado pela Universidade Federal e Mato Grosso com a Medalha do Sesquicentenário da Independência, em reconhecimento aos beneméritos serviços prestados à educação em Mato Grosso.
“In memorian”, foi dado o seu nome a uma Escola Pública , perpetuando assim o nome do “Mestre”, que dedicou sua vida à educação.